Câmeras de segurança ajudam no combate ao Aedes aegypti no Recife

A luta contra o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya, ganhou reforço no Recife. As câmeras de segurança instaladas pela prefeitura para combater a violência nas ruas agora estão sendo usadas para achar possíveis focos do mosquito dentro do terreno das casas.

Da central de monitoramento, os funcionários ficam de olho em qualquer movimentação suspeita. São cem câmeras da Secretaria de Segurança Urbana em locais estratégicos do Recife. Agora, elas também fazem os flagrantes de possíveis focos do Aedes aegypti. Eles estão onde nem todo mundo consegue ver: nos pneus deixados no telhado, na laje da portaria de um prédio ou na caixa de água sem tampa.

"A gente faz o registro fotográfico dessa situação e envia para a Secretaria de Saúde. Eles vão fazer uma identificação com relação à essa nossa foto que a gente fez e tomam as providencias cabíveis no local", explica Heroíto Luiz da Silva, subinspetor de segurança.

Quando os agentes de saúde chegam aos bairros, eles já sabem onde estão os possíveis focos do mosquito e vão direto ao endereço. Assim, o trabalho fica mais rápido e eficiente. "Muitas vezes, as caixas ficam em posição que a gente não tem acesso visual para identificar que ela está sem a tampa”, diz Carlos Ramos, supervisor de operações de controle de vetores.

Em uma das casas, o alvo estava no quintal, em uma caixa de água cheia e sem tampa. O reservatório apareceu em uma das fotos feitas pela câmera que fica na rua, bem na frente da casa. Os agentes colocaram larvicida e uma tela de proteção. O eletricista Artur César Souza mora no local e não sabia que a câmera da rua estava de olho no quintal dele: “Não achei ruim. A partir de hoje, vamos providenciar a tampa ali de cima e da minha residência, porque eles também acharam coisa irregular".

A câmera mostrou também que a caixa de água da vizinha está com a tampa quebrada. No local, os agentes acharam outros focos do mosquito. Era possível ver as larvas.

A comerciante Silvana Maria Feitosa já teve dengue e não quer mais saber do perigo dentro de casa: “Nós estamos nos reunindo em casa para juntar todos os entulhos e se desfazer deles. Estamos correndo contra o tempo”.

[Fonte: G1]